O objetivo foi abraçar a causa a favor do amor.
Não estou pedindo que você comece a amar todo mundo, e mandar torpedos e recados com "eu te amo" uma semana depois que conheceu a pessoa. Isso é totalmente irracional e demonstra simplesmente que não é algo verdadeiro.
De qualquer modo, me senti livre pra representar nas fotografias a "escuridão" humana quanto à simpatia com o próximo. Olhar para o mundo (o que eu faço o tempo todo), me faz pensar o quanto somos egoístas com as vontades e necessidade alheias. Ajudar, doar (não necessariamente dinheiro e objetos), compreender, esclarecer, aconselhar, admirar e amar (este, é o ponto ideal) deveriam fazer parte da nossa rotina.
Sim, "nossa" porque me incluo no grupo dos manipulados pela correria do dia-a-dia, tal que focamos materialmente e esquecemos do base para a convivência humana. Foi por esse motivo que retratei nesse ensaio as escuridões que frequentemente me cobrem.
Há sempre um vazio e uma singela escuridão, mesmo no meio de tanta gente ou de tantas coisas.
Parabéns pra Luísa Leite, a modelo destas fotos que se infiltrou direitinho no foco no ensaio, e pra Carol Gandra, que também fotografou e mais uma vez arrasou.
Muito obrigada Maria Clara e Lisboa Demolições pelo apoio!
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